A Língua de Minde
Desde 1990 que o CAORG, associou a todos os seus pólos a dinamização do Minderico, como atividades transversal a todas as outras, participando em alguns dos espetáculos com rábulas e outras dramatizações.
Em 1993 e em 2004, organizou duas publicações, pela 1ª vez nas versões Português - Miderico e Minderico - Português.
A nossa língua tem sido, ao longo dos anos, alvo de grande interesse por parte dos diferentes órgãos de comunicação social, salientando-se os vários canais televisivos.
Foi neste Pólo que o CIDLeS - Centro Interdisciplinar de Documentação Linguística e Social - encontrou a sua base de sustentação para dar continuidade ao trabalho de investigação iniciado.
A língua Minderica começou por ser uma linguagem de prevenção e de defesa utilizada por estratos sociais específicos (comerciantes) e em contextos específicos (feiras e mercados).
A pouco e pouco começou por se enriquecer com novas palavras de tal forma que é possível utilizá-la em qualquer contexto.
O espírito que esteve na sua origem ainda se mantém e apesar das condições serem, hoje, diferentes, os Mindericos tem orgulho na sua língua.
Sem darem por isso usam muitas palavras de Minderico na sua vida do dia-a-dia, e quando se juntam, fora de Minde, é ouvi-los, sabedores de que não são entendidos!
"Os Charales são antónio forno quando jordam ao joão de penhas para uma da marroa e trocam a neto algum cousa. Piam à modeia e jordam o seu remexido. Os outros covanos jordam as caçoas, mas é tudo dideza, não penetram da piação".
(Consultar o dicionário e traduzir)
Realça-se a participação em parceria com o CIDLeS, em Novembro de 2013, na 1ª Feira Internacional de Línguas ameaçadas, que decorreu na Fábrica da Cultura em Minde.